"Hoje eu acordei pensando, as vezes nós temos tanta dificuldade para manter as coisas, seja por medo de sofrer, medo do desconhecido ou apenas por pura frieza, talvez. Mas o fato de não se entregar completamente pode nos proteger do sofrimento, pelo menos é o que deduzimos. Então nos questionamos: porque é que a gente necessita tanto se entregar de corpo e alma pra uma pessoa que poderá nos ferir no momento seguinte após te dizer "eu te amo" e que com isso nos obriga a tentar de todas as formas possíveis e impossíveis esquecer, apagar da memória e do coração a sua existência. Mas é assim, sempre foi dessa forma e não há de mudar tão cedo e precisamos aprender a nos conformar com isso. A partir daí descobrimos a mais triste de todas as verdades: somos movidos à tristeza, às incertezas e às decepções. É o que nos dá vigor e nos faz buscar a cada dia a felicidade em cada momento de nossas vidas. Por pior que seja o final da história, o que vale são os momentos em que fomos felizes, isso sim é valioso, são exatamente esses momentos que nos fazem pensar e ter certeza de que valeu a pena. Por trás das máscaras sempre há um coração que necessita encontrar sua metade, nem que seja por um único instante e muitas vezes deixamos de viver belas histórias de amor por simples medo de amar.
«Retalhos de uma Vida são pequenas peças de uma vida igual a tantas outras que se vão juntando de modo a dar uma forma definida a essa vida. Coisas simples e banais que se vão juntando quais retalhos, dando origem a uma vida simples que é a minha, qual manta de retalhos, construida de sentimentos, experiências e vivências que são cada um dos retalhos aqui expostos.»
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Saudade'
Saudade não é o que a gente sente quando a pessoa vai embora. Seria muito simples acenar um 'tchau' e contentar-se com as memórias, com o passado. Saudade não é ausência. É a presença, é tentar viver no presente. É a cama ainda desarrumada, o par de copos ao lado da garrafa de vinho, é o vazio ao seu lado na cama. Saudades são todas as coisas que estão lá para nos dizer que não, a pessoa não foi embora. Muito pelo contrário: ela ficou, e de lá não sai. A ausência ocupa espaço, ocupa tempo, ocupa a cabeça, até demais. E faz com que a gente invente coisas, nos leva para tão próximo da total loucura,que chegamos a imaginar coisas . Ela faz a gente realmente acreditar que enlouquecemos. Ela nos deixa de cama, mesmo quando estamos fazendo todas as coisas do mundo. Todas e ao mesmo tempo. É o transtorno intermitente e perene de implorar por 'um pouco mais'. Saudade não é olhar pro lado e dizer "se foi". É olhar pro lado e perguntar "cadê?". (Beeshop)
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